Por que a geração de vídeos com IA explodiu em 2025
O avanço dos modelos generativos transformou vídeo em “novo texto”: basta digitar um prompt e receber cenas realistas com áudio, roteiro e efeitos visuais. Plataformas como Veo 3, da Google DeepMind, e a recém-lançada função de vídeo do agente Manus AI ampliaram o acesso a esse poder criativo, oferecendo desde clipes de oito segundos até curtas-metragens completos.
Tendências que impulsionam a adoção
- Democratização de hardware: GPUs em nuvem reduzem custos.
- Integração de áudio nativo: Veo 3 entrega som ambiente, diálogos e efeitos na mesma renderização.
- Storyboarding automatizado: Manus cria o roteiro visual antes de gerar cada cena.
- Modelo de agentes autônomos: Manus executa tarefas sem supervisão contínua, popularizando fluxos “prompt-to-publish”.
O que é Manus AI e como funciona sua nova função de vídeo
Manus nasceu como um agente geral capaz de transformar “pensamentos em ações”. Lançado em 6 de março de 2025, o sistema ganhou destaque por concluir tarefas complexas — de análise de ações a design de sites — de forma autônoma.
Com a atualização de junho, Manus introduziu um módulo de texto-para-vídeo que executa quatro etapas em lote:
- Criação de storyboard
- Visualização de conceitos cena a cena
- Geração de múltiplos takes por cena
- Edição e costura automática em um único arquivo
O recurso está em early access para assinantes Basic, Plus e Pro, com plano de liberar uso gratuito limitado ainda este ano.

Pontos fortes
- Interface simplificada: basta colar o prompt; Manus organiza tudo em painéis horizontais.
- Workflow “multi-take”: você escolhe o melhor trecho entre várias versões antes da render final.
- Custos competitivos: assinatura mensal a partir de US$ 19, sem cobrança por minuto extra.
Limitações atuais
- Resolução máxima de 1080p e 30 fps.
- Falta de controle avançado de câmera (grua, dolly, focus pull).
- Audio design limitado a biblioteca embutida; não há importação de trilhas externas.
Veo 3 da Google: áudio nativo e realismo cinematográfico
Apresentado no Google I/O 2025, Veo 3 é o sucessor direto do VideoFX/Veo 2. Além de clipes 4K, introduz geração de áudio sincronizado — diálogos, ruídos e trilha musical — algo que concorrentes ainda não oferecem de forma nativa.
Principais destaques:
- Física aprimorada: melhor coerência em gravidade, colisões e iluminação.
- Lip-sync automático: personagens virtuais falam com sincronia labial convincente.
- Integração no app Gemini: basta clicar no ícone “vídeo” para gerar clipes de até oito segundos (plano Pro) ou um minuto (plano Ultra).
- SynthID em cada frame: marca-d’água imperceptível que comprova origem AI, requisito para AdSense e redes sociais que exigem disclosure.
Barreiras de entrada
- Disponível apenas para assinantes AI Ultra (US$ 249,99/mês) ou clientes do Vortex AI Enterprise.
- Limite de oito segundos para planos inferiores, encarecendo projetos longos.
- Ausência de editor interno: requer “Flow” (nova ferramenta de montagem) para construir narrativas estendidas.

Quando escolher cada um
- Manus AI: ideal para criadores solo e pequenas agências que buscam storytelling completo em um único fluxo, sem pagar caro por 4K.
- Veo 3: indicado para marcas e estúdios que precisam de realismo máximo, 4K e áudio sofisticado, e já possuem orçamento enterprise.
Casos de uso e oportunidades de monetização
- Vídeos explicativos: combine animações rápidas de Veo 3 com narração gerada para produzir tutoriais que engajam.
- Anúncios curtos: use Manus para criar variações de 15 s, testar A/B e otimizar CTR em campanhas AdSense.
- Conteúdo para e-commerce: mostra produtos em ação com clipes realistas, reduzindo custos de filmagem tradicional.
- Marketing de afiliados: gere reviews visuais; scripts e cenas podem ser criados em lote pelo agente Manus.
De acordo com a Axios, Veo 3 produz vídeos quase indistinguíveis dos filmados por humanos, aumentando a taxa de retenção em redes sociais.
Boas práticas de SEO e conformidade AdSense
- Originalidade absoluta: edite prompts e combine cenas para evitar conteúdo duplicado.
- Parágrafos curtos e linguagem natural: melhor experiência móvel e compliance AdSense.
- Marcação “IA-gerado”: inclua no schema-org (<meta name="ai_generated"...>) e legenda explicativa para não violar políticas de transparência.
- Compressão WebP 1036×581: garante carregamento rápido sem sacrificar qualidade, ponto avaliado pelo Core Web Vitals.
- Links de apoio: aponte para fontes de autoridade (Google DeepMind, blog oficial Manus, tutoriais Flow) e para artigos internos relacionados a “tendências de IA 2025”.
Passo a passo rápido para testar cada plataforma
Testando Manus AI
- Crie conta em manus.im e assine plano Basic.
- Escreva um prompt descritivo; exemplo: “Um drone sobrevoa floresta amazônica ao pôr do sol.”
- Revise o storyboard automático; substitua cenas se necessário.
- Selecione o take preferido, clique em Renderizar e faça download em WebM ou MP4.
Testando Veo 3
- No Gemini, escolha a aba Vídeo.
- Escreva o prompt; defina “Estilo cinematográfico, lente anamórfica, 4K”.
- Ative Áudio nativo e indique “Português-BR” para dublagem automática.
- Exporte e, se quiser narrativa longa, abra no Flow para costurar vários clipes.
Tendências futuras na geração de vídeo com IA
Especialistas preveem que, até 2026, veremos co-criação multimodal: scripts gerados por LLMs, vídeos via Veo 3, vozes clonadas em tempo real e agentes como Manus controlando o pipeline inteiro. Bloomberg já aponta Manus como sinal de que agentes autônomos serão padrão de mercado.
Outras evoluções aguardadas:
- Consistência de personagens em cenas longas (já em beta na DeepMind).
- Direção interativa por voz (“Veo, mude a iluminação para golden hour”).
- Licenciamento justo: marketplaces vendendo cenas IA com royalties para quem definir o prompt original.
Conclusão
A disputa Manus AI versus Veo 3 reflete dois caminhos para o futuro do vídeo generativo: um centrado em agentes que automatizam a narrativa completa e outro focado em qualidade cinematográfica de alto custo. Independentemente da escolha, a união de texto, imagem, som e automação coloca o criador no centro de uma revolução — quem dominar essas ferramentas agora estará anos-luz à frente no ecossistema digital.
Fonte: @trinet_digital